sábado, 4 de maio de 2013

Harry Potter and the Half-blood Prince

Hoje, terminando de ler o livro, fiquei com um enorme buraco no peito, com uma imensa sensação de saudade, quando me dei conta de que falta apenas mais um livro para ser lido.

Sensação esta completamente inesperada para mim. Pensava que iria me sentir completamente realizado por ter conseguido alcançar o meu objetivo de ler os livros em inglês.

Quem assistiu aos filmes, talvez tenha percebido que o Bill, irmão mais velho do Ron, só aparece no último filme, como noivo do casamento e lá ele cita um lobisomem que o mordeu. Lendo este livro, você descobrirá como aconteceu e onde aconteceu.

A J.K. dá importância a cada detalhe e não deixa nada sem resposta. Os livros têm muita vida, muito movimento, muita profundidade.

O filme leva a gente a acreditar que foi o Malfoy quem enfeitiçou aquela menina para levar o colar para a escola, mas no livro a gente descobre que o plano foi bem mais complexo, envolvendo mais pessoas, quando ele conta como enganou o Dumbledore por baixo do seu nariz. E no livro a gente descobre por que o Dumbledore não interferiu, impedindo-o de levar seu plano adiante. (é de uma delicadeza sem igual).

A gente descobre que enquanto vai com o Dumbledore atrás da horcrux, o Harry deixa o mapa do maroto e um resto daquela porção da sorte com o Ron e a Hermione e pede para eles dividirem com a Gina e irem vigiar o Malfoy e o Snape. E depois do Dumbledore morto a gente vai descobrindo toda a ação que aconteceu entre eles e aqueles que o Malfoy trouxe para dentro da escola. É muita ação, muito mais ação do que nos filmes de ação que a gente vê.

O livro parece vivo, parece brotar vida dele, é muito movimento durante todo ele.

Quando o Harry bebe a porção e decide ir encontrar com o Hagrid, o filme sugere a gente que por acaso ele encontra com o Hagrid e a aranha morta no caminho, mas lendo o livro você descobre que o Hagrid já tinha convidado os três para o enterro da aranha. E a forma como acontece no livro do Harry levar o professor para lá e muito diferente e muito mais interessante.

No último filme aparece aquele espelhinho que o Harry tira da meia, no livro anterior a esse, a gente descobre quem deu aquele presente para o Harry.

No livro anterior o papo que o Dumbledore tem com o harry explicando como aconteceu a morte do Sírio, quem o traiu e por quê. Tem muita profundidade e complexidade.

O Sírio deixa tudo para o Harry inclusive aquele house elf e o Dumbledore sugere que o Harry o mande ficar na cozinha de Hogwarts com os outros elfs e é ele que o Harry manda seguir o Malfoy para descobrir o que o Malfoy está tramando, onde… logicamente o Doby vai junto e descobre que o Malfoy está naquela sala precisa, mas ninguém consegue entrar lá, nem o Harry. Ele só descobre que o Malfoy conseguiu consertar o que ele estava tentando consertar na hora que ele está indo se encontrar com o Dumbledore para descobrir que iria sair em busca da Horcrux. Como ele consegue descobrir isto, eu não vou dizer, mas o que vou dizer é que tem muita ação, dedução e que ele descobre outra coisa além disso sobre o Snape. E é por isso que ele deixa os amigos avisados de que algo iria acontecer naquela noite.

Quando a gente lê o livro, a gente fica impressionado, pois se a gente parar para pensar a gente descobre que na verdade os sete livros são verdadeiramente um só.

E eu fiquei pensando, como é que aquelas estórias todas puderam sair da cabeça de uma única pessoa.

Aquele goleiro que disputou a vaga com o Ron acaba jogando uma partida, após o Ron ter sido envenenado com aquela garrafa que era para o Dumbledore. É hilário, ele começa a querer mandar no time, querendo ensinar todo mundo a jogar, acaba até tirando aquele taco da mão do batedor do seu próprio time para ensinar, no meio do jogo, como é que se bate e aí… eu não vou contar a estória. E quem narra a partida é a Luna Lovegood, dá pra imaginar?

O que eu quero dize com esse pequeno trecho do goleiro é que a J.K. valoriza cada personagem e vai contando estórias dentro da estória e o livro vai ganhando vida, muito movimento,… e ela vai tecendo a rede e a gente é pescado por ela e fica admirado como tantas estórias foram sendo contadas com tanta riquezas de detalhes, tanta profundidade, tanto movimento, tantos fatos importantes da vida: amizade, descoberta do amor, lealdade, deslealdade, traição, covardia, coragem, luto, perda, … e isso tudo da cabeça de uma só pessoa que se preocupou também em montar os diferentes cenários com riquezas de detalhes, que inventou um jogo com complexidade sem igual, olha, vou parar por aqui pois ficaria escrevendo horas e não conseguiria explicar como vale a pena ler os livros.

Espero que um dia, essa estória seja contada através da linguagem das novelas brasileiras, respeitando tudo do jeito que a autora contou nos seus 7 livros, sem nenhuma liberdade para o roteirista modificar qualquer coisa.