Quando
eu olho para esses protestos estudantis, eu sempre fico com a impressão de que os
estudantes têm uma visão romantizada daqueles tempos da ditadura...
Eu
me lembro do meu tempo de faculdade onde acreditava que medicina deveria ser
ensinada em 12 anos e fico pensando no mico que teria sido, se eu tivesse
organizado passeatas a pedir isso: MEDICINA EM 12 ANOS.
Que
mico teria sido! Não?
Passaria
muitos anos até eu começar a defender a ideia de um curso médico em quatro
anos, meio-período, utilizando o sistema de apostilas médicas e que no final
daria um certificado de conclusão com o qual o estudante teria o direito de
ingressar em um curso de pós-graduação onde, no final, receberia o diploma de
médico.
Sempre
que eu olho para esses protestos estudantis, eu não consigo deixar de pensar:
quanto tempo de estudo eles estão desperdiçando.
Quanto
tempo de aprendizado jogado fora.
Como
eu gostaria de saber, na época de faculdade, que o mais importante era
aproveitar o máximo o tempo disponível para estudar, para aprender aquilo que
estava sendo ensinado, porque depois, quando se começa a trabalhar, o tempo vai
ficando cada vez mais escasso e é cada vez mais difícil voltar lá, nos livros e
cadernos, para complementar o que ficou faltando.
Mas
os “estudantes” continuam desperdiçando seu tempo precioso de estudo com manifestações
que, em geral, não levam a nada e com coisas que, no futuro, provavelmente irão
pensar, assim como eu: que mico!
Só
que diferente de mim, não haverá a complementação: teria sido.
E o pior disto tudo é que, desperdiçando tempo de estudo, não alcançarão o raciocínio interdisciplinar.
Logo não serão capazes de pensar alternativas.
E aí, no futuro, ingressam, na política, acreditando que fazer política é mobilizar massas, de modo que apenas ocupam cargos e repetem modelos ultrapassados.
Não conseguem enxergar, por exemplo, que o sindicalismo moderno não é mais um sindicalismo de lutas e sim um sindicalismo que deve buscar o diálogo com as empresas, indústrias,... de modo a saber, com antecedência, quais avanços tecnológicos acontecerão, para assim, os sindicatos, através de cursos especializados, poderem preparar as pessoas para que não percam seus empregos com os avanços que inevitavelmente virão.
E o pior disto tudo é que, desperdiçando tempo de estudo, não alcançarão o raciocínio interdisciplinar.
Logo não serão capazes de pensar alternativas.
E aí, no futuro, ingressam, na política, acreditando que fazer política é mobilizar massas, de modo que apenas ocupam cargos e repetem modelos ultrapassados.
Não conseguem enxergar, por exemplo, que o sindicalismo moderno não é mais um sindicalismo de lutas e sim um sindicalismo que deve buscar o diálogo com as empresas, indústrias,... de modo a saber, com antecedência, quais avanços tecnológicos acontecerão, para assim, os sindicatos, através de cursos especializados, poderem preparar as pessoas para que não percam seus empregos com os avanços que inevitavelmente virão.