domingo, 28 de novembro de 2010

Introdução

(19/07/2011 data real da postagem)
Se você olhar para a natureza, perceberá que o tigre tem filhotes com uma tigresa, que o leão com a leoa, a leoparda com o leopardo, e assim por diante.

Por isso, na natureza, os partos são “fáceis”, rápidos, geralmente sem problema.

Se você já tiver estudado obstetrícia, talvez esteja se perguntando. E se houver um feto em situação transversa?

Nesse caso, como não existe bicho obstetra na natureza para fazer uma cesariana, a pobre fêmea irá sofrer até morrer.

Agora olhe para as diferentes raças de cães. Há cães grandes, médios e pequenos.

Se um cão grande engravidar uma cachorra média, é muito provável haver dificuldades no parto, pois o cachorrinho terá um tamanho intermediário entre as duas raças.  Este feto será maior que um feto decorrente do cruzamento de um macho com uma fêmea da mesma raça da cachorrinha-mãe.

Já se um cão grande cruzar com uma cadela de raça pequena, não será possível o parto normal, pois o tamanho do feto será maior que o tamanho da passagem na bacia da cadela.
Agora olhe para a sociedade brasileira e se pergunte: todos nós somos tigres e tigresas ou temos uma diversidade de biotipos semelhantes as diferentes raças de cachorros e de felinos?

Acredito que você já consiga perceber a importância de um atendimento obstétrico de qualidade para a sociedade brasileira.

Penso que com essa pequena reflexão já dá para você perceber que o parto normal não é tão natural assim como muitos parecem querer nos levar a acreditar.

Quando eu praticava obstetrícia, ouvi muito a seguinte afirmativa: uma mulher que já teve um parto normal tem uma boa bacia e não terá dificuldades numa segunda gestação.

Se você leu com atenção a reflexão acima, talvez você entenda a importância de perguntar para a mãe se essa segunda gestação é fruto do relacionamento com o mesmo homem da primeira gestação. Pois em caso da resposta ser negativa, é interessante perguntar pelo biotipo do segundo marido: altura (é mais alto que o primeiro?)
Agora deem uma olhada nestas duas fotos abaixo:


Eu pergunto a vocês: o chimpanzé da esquerda não é branco e o da direita não é negro?

Esqueçam a pelagem. Olhem apenas para as partes sem pelo, onde só aparece a pele.

Com esta observação há alguns anos atrás, eu entendi que um homem branco e um homem negro podem ser oriundos de uma mesma raça, no caso, mesmo biotipo.

As diferentes raças (biotipos) humanas se perderam com a miscegação através da nossa evolução.

Mas se você olhar de novo as fotos dos dois chimpanzés, provavelmente concordará comigo que um homem negro alto não pode ter sido originário da mesma raça de um homem negro baixo. E que um homem negro e um homem branco com um biotipo semelhante podem ter sido oriundos de uma mesma antiga raça humana.

É lógico que eu não estou aqui querendo abordar questões raciais, como raça pura e outras bobagens.

Mas para a obstetrícia esse entendimento é importante para que você analise o biotipo e não a cor da pele.