quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Há excesso de médicos nas…

Quando eu vejo essa notícia, eu me sinto tão mal quanto aquele médico que, no passado, descobriu a causa do alto índice de mortalidade nas maternidades.
As mulheres morriam com infecção pós-parto e a classe médica via isso como se fosse normal, até esse Médico chegar e se perguntar: por que um parto, que é algo tão natural, mataria tanto? E por que existe uma diferença na incidência de mortalidade entre as gestantes que fazem seus partos com médicos e as gestantes que faziam seus partos com freiras?
Os médicos se contaminavam fazendo autopsias e depois contaminavam as gestantes ao fazerem seus partos. As irmãs não faziam autópsias.
Mas na época ainda não se conhecia micro-organismos, não se dava valor a uma boa assepsia.
E por que me sinto tão mal, tão impotente? Simplesmente porque os de visão superficial não conseguem entender que existem diferentes tipos de profissional e que para o melhor funcionamento da rede de saúde é essencial que cada um esteja alocado adequadamente.
Existe o profissional que tem didática de ensino e este precisa estar numa faculdade ensinando ou em hospitais onde se faz o aprendizado de pós-graduação médica (residência médica).
Os de pouca visão não entendem que mandar esse indivíduo com capacidade didática para simplesmente ficar atendendo em um local com carência de médico, além de frustrá-lo e desestimulá-lo, produz danos irreparáveis para a sociedade, como por exemplo: menor qualidade do atendimento médico em vários setores da sociedade.
E isto acontece, porque não tendo uma pessoa com didática para ensinar, o ensino torna-se auto-aprendizado.
Mas o brasil parece não querer entender isto e não está nem aí em fechar as portas para um profissional de alto potencial científico, obrigando-o a passar a vida atendendo em um posto com carência de tudo, apenas para passar uma mensagem “política” de atendimento ao povo.
O que esse indivíduo, abandonado pelos governantes (????), deixou de descobrir, por ter sido obrigado a tal labuta, parece não ter qualquer importância para aqueles que tanto se preocupam com a própria imagem pública.
Quando uma sociedade coloca “vendedores de serviço de saúde” no lugar que deveria ser ocupado por Professores, aqueles além de não ensinar veem os alunos como concorrentes e aí…
Uma coisa que muito me frustra é essa incapacidade de perceber que se deveria facilitar o acesso ao ensino universitário e não torná-lo impossível a quem passou a vida aprendendo com professores ruins.
A maioria quando está para prestar vestibular reclama, reclama, reclama, mas depois de entrar parece mudar totalmente de opinião e começa a querer impedir que os outros venham a ser seus concorrentes. Em nenhum momento pensam que alguns dos que estão vindo poderiam lhe trazer soluções, ser seus amigos, sócios, namorados, namoradas,…
Este blog não poderia ter sido escrito se eu não tivesse tido a ajuda de inúmeras pessoas a quem tive acesso através do google e que sequer me conhecem, mas que postaram seus conhecimentos em seus blogs, sites, colunas de jornais,…
Mas as pessoas se esquecem disto e depois, quando aprendem não querem concorrência.
Não veem que o “concorrente” muitas vezes pode ser o impulsionador do progresso.
Se tiverem tempo deem uma olhadinha neste vídeo, veiculado pela globonews, onde  o Steve Jobs fala que teve que combater essa ideia de competição destrutiva dentro da apple. Nele, você poderá entender como ambos se ajudaram. Clique no link abaixo.

Veja a íntegra da entre vista com Bill Gates e Steve Jobs