quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

3 HARRY POTTER AND THE PRISONER OF AZKABAN

Eu gostei muito de confirmar as minhas suspeitas, quando da leitura do 2° livro da série Harry Potter, de que os responsáveis pelo filme tiveram muito carinho com as crianças que iriam assistir aos filmes. Carinho este demonstrado na solução encontrada para o encontro com a aranha gigante que aconteceu no segundo livro e que evitou muitos pesadelos.

E neste 3° percebi algumas sutilezas como por exemplo:

O filme nos dá a entender que o Harry se dirige para o caldeirão furado com a intenção de se encontrar com o ministro da magia, mas o livro deixa claro que o Harry está fugindo, tentando até se esconder do ministério e para isso diz até um nome falso para o ajudante do ônibus. O Harry fica tão apavorado, quando dá de cara com ministro no caldeirão furado que dá até dó.

No livro, o ônibus quase atropela o Harry, pois ao contrário do filme ele olha para trás de si e tropeça, caindo na rua e tem que rolar para que o ônibus não o atropele.

Percebi que houve um cuidado de não estimular as crianças a fugirem de casa e um cuidado para que as crianças não se arriscassem numa tentativa de imitar o Harry, quando este quase é atropelado por um ônibus, isto no livro, pois no filme não há qualquer risco de atropelamento.

No livro, a gente descobre que quem enviou aquele livro monstro para o Harry foi o Hagrid como presente de aniversário. E este livro já esta entre as suas coisas quando ele embarca no ônibus. E que aquela cena do livro querendo morder o Harry acontece no quarto do Harry, na casa do tio com o Harry temendo que o tio acordasse e…

A gente descobre também que ele é obrigado a fazer os seus deveres de casa na calada da noite, coberto pelo lençol, escondido dos seus tios. Por isso aquela luzinha na varinha com ele lendo um livro em baixo dos lençóis, logo no início do terceiro filme.

No livro, a gente descobre que aquela tia que vira balão, chega no dia do aniversário do Harry para passar vários dias e que aquela cena só acontece no derradeiro momento, quando ela já está indo embora e quando ele já está quase conseguindo a assinatura do tio em troca do (você vai ter que ler o livro pra descobrir).

No livro, a viagem no ônibus dura todo um capítulo. E o ônibus é demais, à medida que vai passando as coisas vão saindo da sua frente para não serem abalroadas e depois voltam aos seus lugares. Postes, cabines de telefone, casas de campo,…

No livro, durante todo um capítulo, o Harry fica hospedado no caldeirão furado e pode ficar explorando todas as lojas mágicas do vale diagonal. É ele quem compra todo o seu material escolar e é ele que ouve escondido o pai e a mãe do Ron discutindo sobre falar ou não pra ele do Black. (cena esta que não aparece no filme, outro cuidado do filme em não estimular as crianças a ficarem ouvindo as escondidas as conversas dos adultos???)

No segundo filme este cuidado parece ter sido visto ao não encenarem o Harry jogando um daqueles fogos mágicos dos gêmeos num caldeirão no meio de uma aula do Snape para dar tempo da Hermione roubar os ingredientes que faltavam para terminar a porção de transfiguração. Provavelmente com o cuidado de não estimular as crianças a fazerem algo semelhante em suas aulas mundo afora.

Aquela cena do pai do Roni falando sobre o Black só acontece na plataforma do trem, quando o Harry lhe confessa que já ouviu tudo.

E a viagem de trem dura todo um capítulo que não é curto não.

Momento Reflexão

Já pararam para pensar como deve ser difícil seguir por uma carreira, sabendo de antemão que o seu melhor papel já foi alcançado?

Que dificilmente você conseguirá fazer um outro personagem que lhe dê sequer metade do destaque mundial que tiveram ao interpretar  Harry, Ron e Hermione.

Todo profissional procura se aperfeiçoar, trabalhando para conseguir papéis maiores e melhores. No entanto, para estes atores o seu melhor papel já aconteceu num momento de suas vidas em que talvez eles ainda nem tivessem certeza se desejavam seguir na carreira de ator e atriz.

A série Harry Potter foi um fenômeno mundial que se difundiu entre jogos, internet, livros, dvds, brinquedos, presentes,… foi uma febre mundial.

Para você ter uma ideia do que foi, no filme o diabo veste prada, o personagem da Meryl Streep obriga a secretária a conseguir o original da série Harry Potter para os seus dois filhos antes mesmo de ser publicado. A febre era tão grande que chegou a ser citada em um filme de grande sucesso. E veja bem, ele não foi citado com a intenção de promover a série Harry Potter e sim porque já era um sucesso sem igual até então.