sexta-feira, 8 de junho de 2012

Eu viajei, pirei na batatinha

Tive a certeza disto, quando me vi em devaneio.
Lá estava eu, senhor do tempo, voltando ao passado e semeando aquele funguinho que levaria a descoberta da penicilina, enquanto assistia Genius of Britain na sessão Philos do now (globosat HD).
Não satisfeito, antes de voltar ao presente, daria uma passadinha rápida para pegar a Anne Frank e trazê-la para 2005 onde poderia apreciar todas as facilidades da tecnologia, internet,…o que aquela menina genial não poderia fazer?
“Mas você não pode interferir na história”, gritava alguém dentro de mim.
Mas eu não estou interferindo.
“Como não está interferindo?”
Ninguém me deu esta tecnologia, foi eu mesmo que a descobri e como eu sou um ser humano e existo eu posso interferir, porque foi eu que a criei.
Se eu a tivesse descoberto e a entregue a você para que preservasse a linha do tempo impedindo que pessoas de má índole utilizasse essa tecnologia em proveito próprio, como por exemplo ver os números da mega-sena para jogar e roubar o dinheiro do verdadeiro vencedor.
Você não poderia interferir na história, pois alteraria a linha do tempo, mas eu inventei a tecnologia, eu posso interferir, pois na verdade não estou interferindo.
“Como assim? Você está maluco! Você vai alterar tudo.”
Engraçado você, ladrões invadem países, matam, estupram, escravizam, roubam tudo que as pessoas têm e são chamados de grandes imperadores, Alexandre O Grande, o magnífico, César, Grande César, mas eu não posso salvar a Anne Frank. Onde já se viu isso?
Eu só não volto lá e mato esse assassinos, porque eu não sei as consequências na linha do tempo, mas só por isso já que para mim eles não passam de ladrões que invadem a casa da gente e querem roubar o que a gente conquistou com esforço do nosso trabalho.
“Pirou, você pirou!”
Pirei não que eu não sou idiota. Você acha que eu chegaria lá e salvaria a Anne de qualquer jeito? Nã, nam, ni, nã, não. Para fins da história, ela continuaria como está agora. Morreu…
Mas eu a tiraria de lá. E não pense que eu confiaria nas pessoas daquela época, eu li vários livros, assisti a documentários e os nazistas adoravam fazer experiências com os seres humanos.
Será que eles não sabiam e não estavam fazendo uma experiência psicológica para ver o que acontecia com seres humanos que viviam aprisionados a pequenos espaços?
“Você pirou mesmo!”
Eu não estou afirmando isso, mas para salvá-la teria que contar com essa possibilidade, para não correr o risco de ser feito prisioneiro por aqueles monstros.